Vladimir Putin reuniu-se com os candidatos que
participaram das eleições presidenciais.
19 de Março de 2018
16:20
Kremlin, Moscovo
Presidente da Rússia Vladimir Putin: Boa tarde, colegas.
A campanha eleitoral terminou e eu queria encontrar-me
convosco. Espero que hoje falemos, em primeiro lugar, sobre a campanha, e o
mais importante, sobre o que necessita ser feito para garantir que todos os
elementos positivos (e houve muitos deles durante a campanha eleitoral) sejam
levados em consideração, no futuro trabalho prático nos ramos dos poderes
executivo e legislativo do governo.
Claro
que uma campanha eleitoral é sempre um período especial. Está associada a
emoções especiais e, muitas vezes, elas são bastante esmagadoras. Acontece em
quase todos os lugares e nós não somos uma excepção. O principal é que temos a
oportunidade de unir esforços no futuro, para um trabalho construtivo em
benefício do nosso país.
Reuni-me hoje com os chefes da sede central, os co-presidentes
da minha campanha e quero repetir, mais uma vez, a principal tarefa no trabalho
futuro do poder executivo, será resolver os problemas internos do país. Em
primeiro lugar, significa garantir taxas de crescimento económico, tornando a
inovação parte do caráter da nossa economia, resolvendo questões específicas da
saúde, educação e ciência, além de garantir a prosperidade do nosso povo, com
base nesses elementos.
Este é o objetivo final de qualquer governo na Rússia;
não é nada original e, além do mais - a propósito, quase todos vós observaram
nas vossas campanhas - temos o problema de uma lacuna entre os que ganham
muito, que têm grandes rendimentos e os que vivem humildemente, para dizer o
mínimo . O Estado deve fechar essa lacuna e, como disse muitas vezes, reduzir o
número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza, especialmente as que
têm emprego. O tipo de situação em que alguém trabalha, mas recebe um pagamento
miserável, não deve ser permitido na Rússia.
Obviamente, devemos e teremos de prestar a atenção
necessária para fortalecer ainda mais a capacidade de defesa do país. Mas deixem-me
dizer-vos que ninguém vai começar uma corrida de armamentos. Pelo contrário,
vamos procurar criar relações construtivas com todos os países do mundo. Pretendemos
um diálogo construtivo, sem dúvida, e incentivar est processo entre os nossos
parceiros.
Mas, é evidente que nem tudo depende de nós. Deve haver
interesse de ambos as partes, como no amor, ou não haverá amor. No entanto,
nós, do nosso lado, faremos todo o possível por resolver todos os atritos com
os nossos parceiros, através dos meios políticos e diplomáticos. Além do mais,
de facto, a nossa posição sempre foi e sempre será, lutarmos para defender os
nossos interesses nacionais. O nosso pressuposto operacional é de fazermos todo
esse trabalho com os nossos parceiros, numa base mutuamente aceitável,
mostrando respeito uns pelos outros e pelos nossos interesses nacionais.
Quanto às despesas militares. Existem reduções já planeadas,
nas despesas da defesa, neste ano e no próximo. Não irá causar nenhum problema
à nossa capacidade de defesa, porque as principais despesas com a criação de
sistemas de armas de ponta foram feitas nos anos anteriores. Temos de
encaminhar alguns assuntos para uma conclusão lógica e continuar com os projectos
actuais, dos quais ainda não falei. Executamos todos os cálculos. O dinheiro
que vamos colocar para este fim será suficiente, não haverá aumentos, e não
vamos permitir uma nova corrida armamentista. Nós temos tudo, neste sentido,
estamos bem fornecidos. No entanto, vamos continuar com os nossos objectivos de
forma constante e de acordo com o plano.
É o que gostaria de me concentrar no final do meu
monólogo. Falei sobre este ponto, no comício de ontem, se tiveram tempo de
assistir e se tomaram conhecimento. Penso que é crucial unir os esforços de
todos os partidos políticos, organizações civis, o público no sentido mais
amplo da palavra, unir os nossos esforços em torno de um programa positivo,
resolver as tarefas que o país enfrenta e superar os desafios que a Rússia tem
pela frente. Podem não haver soluções simples; podem exigir explicações adicionais.
Espero, literalmente, que sejamos sempre guiados pelos
interesses a longo prazo da Rússia e do povo russo, colocando as preferências
do grupo ou do partido em segundo lugar.
Compreendo que não é fácil, há sempre a tentação de
analisar certas decisões tomadas pelo governo que exigem explicações públicas
adicionais. Mas aconselho-vos a participarem num diálogo aberto e honesto, que
promova os interesses nacionais a longo prazo.
É sobre estes pontos que eu queria começar. Vamos
discutir as nossas idéias sobre o que precisamos fazer juntos, a fim de
resolver os problemas que o país enfrenta.
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