NATO, o Agente Provocador da Guerra
Uma carta da Polónia ocupada
A Polónia, um país ocupado repetidamente, no
passado por exércitos estrangeiros, está mais uma vez a sofrer a humilhação das
tropas estrangeiras a invadir o seu território soberano. Só que, desta vez, os
exércitos de ocupação estão sob a bandeira da NATO e o seu objectivo é
estabeler um “teatro de guerra” anti-russo - uma ponte logística em preparação
para uma possível Terceira Guerra Mundial.
Sem sentir surpresa, estou profundamente preocupado com
esta manobra. Sendo um cidadão britânico a trabalhar na Polónia, nos últimos
catorze anos, sinto um profundo senso de injustiça infligido ao povo polaco. A
maioria não consegue perceber que a nação está a ser conduzida por uma estrada
que poderá acabar, dando início a um perigoso precedente: um exército
estrangeiro quase permanente em solo polaco.
Talvez a parte mais perturbadora dessa “ocupação” é que é
recebida de braços abertos pelo governo polaco, que parece obcecado com a noção
de que a Federação Russa pode estar a preparar uma invasão da Polónia. Mas qualquer
prova real da mesma, é totalmente insuficiente, tornando, no mínimo, esse
exercício criminoso.
O grau de propaganda cuidadosamente controlada da NATO,
que está a ser introduzida pelo governo nacional, não tem precedentes na História
recente. Assemelha-se, mas é muito mais eficiente, do que as técnicas
utilizadas pelos comunistas durante a ocupação da Polónia, anterior a 1989. Esta
semelhança é reforçada pelo facto de que o actual governo (Pis) adquiriu uma
influência controladora de 100% da comunicação mediática do país, para reforçar
a sua posição.
Poderia estar tudo bem e ser bom, se a posição fosse
baseada em percepção, sabedoria e liderança positiva. No entanto, são
exactamente estes atributos que estão em falta.
No seu lugar, o que realmente existe, é uma submissão profana
para espalhar a mensagem do “medo”. O medo usado como a imagem reflectida da
posição da política externa dos EUA, das duas ou três últimas décadas,
exagerando o “medo do terrorismo” para conseguir uma justificação para as
invasões do Afeganistão, do Iraque, da Líbia e agora, por procuração, da Síria, que
resultou no assassinato de milhões de seres humanos.
Recordemos, portanto, qual é a história verdadeira, para
que possamos superar esse grande engano e doutrinação perigosa, dos cidadãos
polacos.
A NATO, Organização do Tratado do Atlântico Norte, é
oficialmente descrita como “uma aliança dos países da América do Norte e da
Europa comprometida com o cumprimento dos objectivos do Tratado do Atlântico
Norte de 1949.” No entanto, a mesma é apenas uma fachada. De facto, a NATO é um
agente da "New World Order" promovida por George Bush, Dick Cheney,
Henry Kissinger e outros membros do primitivo clube imperialista neoconservador
dos EUA. Um clube estreitamente apoiado pela Grã-Bretanha, cuja Royal Society
prepara, há muito tempo, uma continuação das ambições de superioridade,
associadas à construção do Império Britânico.
Este é o pano de fundo do que é referido, em termos
suaves, como “relacionamento especial” entre o Reino Unido e os EUA. A mesma
posição política é mantida pelo Presidente Obama até hoje. (N.de T – Esta
posição continua inalterada até ao presente).
Outras nações européias recrutadas pela NATO, foram recentemente
advertidas de que “a Rússia representa a maior ameaça à paz mundial”. Como
sempre, esse “espantalho do medo” tem sido fundamental para sugar países para a
comunidade.
Poucos países questionaram a lógica ou a sabedoria desta
posição, parecendo felizes por desempenhar a sua parte no renascimento da
“guerra fria” que descongelou, congelou, re-descongelou e re-congelou
novamente, devido ao controlo do vasto exercício de propaganda levado a cabo
pelos sucessivos governos dos EUA e do Reino Unido, durante o último meio
século.
Fundamentalmente, não existe diferença entre a política
externa dos EUA e a da NATO. O que não quer dizer que não haja fricção entre os
chefes militares europeus da NATO e os seus homólogos dos EUA. Há sim; mas o
elemento europeu é, em última instância, forçado a obedecer aos “grandes
mestres” dos EUA e a aparência de unidade é preservada, de modo idêntico, pelo governo e pela comunicação mediática
corporativa controlada na América do Norte e na Europa.
O público, que permanece preso à psicologia
deliberadamente concretizada do medo, acena a cabeça em harmonia orquestrada:
“Os EUA são o nosso protector; Putin é o
Sr. Malvado; Viva a NATO”.
A NATO é agora o principal instrumento para a continuação
da aplicação de uma política que garante a protecção dos interesses de uma
pequena elite, em grande parte anglo-saxónica, de industriais, banqueiros e
estrategas militares. Ela apoia o status quo do domínio corporativo e do
privilégio pessoal, e reflecte as ambições sucessivas das famílias que
estiveram na vanguarda da caça, agressiva e pugilista, ao poder e à riqueza,
durante décadas. Famílias imensamente ricas como os Rockefeller e
os Rothschild.
Então, vamos examinar os fundamentos da NATO e a
afirmação dos EUA de que a Rússia representa a maior ameaça para a paz mundial.
A Federação Russa sob o governo do Presidente Putin, tem
uma notável falta de intervenções na política externa de territórios fora de
seu campo de controlo. Ambos os intervenientes, muitas vezes citados pelos
críticos, estão ligados a uma incursão em disputa pela Geórgia (Agosto de 2008)
e a mais recente, “reivindicando a
pátria” da Criméia. Estas duas situações deram origem a respostas directas às
revoltas provocados pelos ocidentais e às revoluções “coloridas” apoiadas por
interesses políticos de hegemonia, patrocinados pelo Ocidente, na esperança de
ganhar um ponto de apoio geopolítico e militar em territórios historicamente
alinhados com a Rússia.
Essas incursões ilegais apoiadas pela CIA, fomentadas em
evidências forjadas de "um empurrão estratégico perigoso levado a cabo
pela Rússia", fazem, realmente, parte de um plano de longa data
desenvolvido pela Comissão Trilateral, pelo Projecto para o Novo Século
Americano, pelo Instituto dos Negócios Estrangeiros, pela Chatham House (Londres) e
por outras organizações de influência similar, alinhadas com a NATO e com os
EUA.
Este plano não é simplesmente uma política para proteger
os interesses do capitalismo neoliberal contra a sua equivalência comunista,
mas para conquistar a posição de poder dominante e dominar o planeta: tornarem-se
nos mestres de uma Nova Ordem Mundial. O que os estrategas dos EUA chamaram de
“Full Spectrum Dominance /Domínio Total do Espectro”[1] . O domínio não apenas deste planeta, mas do espaço exterior e também de uma eventual
colonização interplanetária.
Talvez agora possamos entender um pouco mais sobre quem
ou o que é que a Polónia está a convidar para ser o seu protector contra a
suposta "síntese do mal", Vladimir Putin.
A NATO é o braço avançado de uma nova colonização deste
território antigo, cujo império já foi o maior e mais avançado da Europa.
Existem importantes depósitos de recursos minerais valiosos em muitas áreas do
país. Cobre, prata, platina, carvão e urânio, para citar alguns. Para não
mencionar milhões de hectares de terras cultivadas acima da média. Não há
dúvida de que os vizinhos ocidentais da Polónia têm uma fome muito maior de
recursos do que os do flanco oriental da Polónia, que possuem depósitos muito
maiores dos mesmos recursos minerais já disponíveis.
Talvez a verdadeira razão para melhorar a última rodada
de histeria, baseada no medo contra a Rússia, tem a ver com outra coisa. O
facto de, nos últimos cinco anos, Putin ter iniciado a proibição nacional de Organismos
Genéticamente Modificados e empreender uma política de devolver o país ao cargo
de nação auto-suficiente, tornando a segurança alimentar nacional uma
prioridade elevada.
Não só isso, Putin respondeu às sanções comerciais
impostas pelo Ocidente após a controvérsia da Criméia, ao decretar uma área
importante de território, no leste da Rússia, disponível para todos aqueles que
desejassem ingressar em empreendimentos agrícolas ecológicos de pequena escala.
Os aspirantes, que normalmente não se podem dar ao luxo de lidar com a terra, têm
agora a oportunidade de fazê-lo e a Rússia terá o benefício de se aproximar
cada vez mais da auto-suficiência ecológica que tem em vista.
Não há nada que os globalistas políticos e corporativos temam
mais do que a retenção, em qualquer país, de um elemento independente com acesso
à terra, à água e ao combustível. Afinal, isso representa a capacidade de
rejeitar a escravidão sob os provedores corporativos; e, se realizado numa
escala significativa, poderia desalojar os agentes de controlo dos seus tronos
hegemónicos.
A Rússia, provocada pelo Ocidente, atirou a luva aos que
não conseguiram ver mais além dos roubos do poder imperialista, tão
assiduamente promovidos e praticados pelos EUA e pelos seus aliados da NATO. Com
efeito, ela tirou o Ás do baralho dentro do casino estratégico global da
criptografia da guerra dos dias actuais, e colocou-o, virado para cima, na mesa
de jogo.
A Polónia, sendo uma nação com mais de um milhão de
quintas familiares de pequenas e médias dimensões, poderia ter organizado essa
jogada de surpresa pela Rússia, optando por colocar a segurança alimentar
nacional e a soberania alimentar no topo de sua agenda política. O Pis, em particular,
em resposta ao apoio político significativo que obtém do sector agrícola
familiar da Polónia Oriental, poderia ter escolhido distanciar-se dos
imperialistas globais ocidentais e direccionar a nação para a mesma rota que
Putin está a forjar para a Federação de outros eslavos.
Mas não, deslumbrados com o fascínio de serem convidados
para a mesa de honra da elite global, o Presidente Duda e o presidente do
partido, Katszinsky, permitiram que a ambição ultrapassasse o sentido patriótico
do que a nação polaca poderia conseguir, caso se unisse a um objectivo genuíno
de paz e prosperidade.
Em contraste com a posição corajosa assumida na Segunda
Guerra Mundial, pelo movimento de resistência anti-nazi, tão admirada em todo o
mundo, o Pis - “o partido do
patriotismo” - sucumbiu à armadilha clássica da tentação e convidou os arquitectos
da Nova Ordem Mundial, precisamente para o coração do solo nacional. No processo,
permitindo que sua voz fosse adicionada à máquina de propaganda bem oleada que
tenta assiduamente provocar Putin para levar a cabo alguma forma de acto de
retaliação, de desafio contra uma NATO cada vez mais predadora.
Um acto que seria instantaneamente usado para atribuir à
Rússia a culpa de provocar uma Terceira Guerra Mundial. De facto, esse é o texto
original, mas que foi sobreposto, para que os “jogos de guerra” da NATO sejam realizados
de maneira provocante, na fronteira que divide os dois países.
Os cidadãos da Polónia têm sido “amaciados” por essa nova
repartição das suas terras, recentemente libertadas. O partido da Plataforma
Cívica, de Donald Tusk, já havia sido levado a negociar a colocação dos mísseis
americanos Patriot, na Polónia, para
defesa no caso “de um ataque de mísseis do Irão”, (segundo o embaixador dos
EUA).
Esses mísseis norte-americanos tornaram-se numa realidade
e foram trazidas para o país outras remessas, desde que o Pis foi eleito e
conduzido de forma arrebatadora ao poder, em 2015. E agora a NATO foi convidada
a estabelecer o quartel general da Europa Oriental, na Polónia, com cerca de
trinta mil soldados, que são autorizados a envolver-se em manobras militares a
uma distância surpreendente curta da fronteira russa.
O amolecimento dos cidadãos polacos é um processo que tem
sido realizado por vários meios e é muito importante compreender que esses
mesmos meios são agora os instrumentos padrão desta época, elaborados pelos
arquitectos do sistema de controlo industrial militar para conseguir chegar a
todo o mundo
Em primeiro lugar, a TV e os meios de comunicação
mediáticos, que, em geral, estão sob controlo dos poderes vigentes. Isto pode
ser o controlo corporativo ou governamental; mas geralmente consiste em ambos a
trabalhar em conjunto.
A máquina da propaganda é então posta em movimento, 24
horas, em cada 7 dias. Após dois ou três meses de lavagem cerebral implacável,
a maioria alinha e repete obedientemente sem nunca suspeitar que é uma invenção
fabricada para conseguir uma fraude/engano de proporções altamente
significativas.
Simultaneamente, o céu é preenchido com produtos químicos
(conhecidos como chemtrails) que têm o efeito de neutralizar a actividade
cerebral normal activa, contribuindo assim para tornar os cidadãos
essencialmente “passivos”; exactamente quando necessitam estar mais activos
para neutralizar a pirataria política e militar que lhes é imposta.
No dia 8/9 de Julho, deste ano (2016), o céu, em grande
parte da Polónia, estava cheio de rastos artificiais de nuvens químicas. Exactamente
nas datas em que a recente Cimeira da NATO se realizava em Varsóvia. É cada vez
mais reconhecido, pelos que ainda pensam, que a NATO esteve na vanguarda da actividade
dos chemtrails, nos últimos quinze anos ou mais.
Testes laboratoriais da água e do solo, feitos depois dessas
actividades terem acontecido, revelaram que os chemtrails são compostos por uma
série de ingredientes altamente tóxicos, dos quais o alumínio, o estrôncio e o
bario são os mais frequentemente detectados. Todos estes, de maneiras
diferentes, agem para bloquear o funcionamento normal do neocórtex, além de
diminuir o funcionamento natural do sistema nervoso, do coração e dos pulmões.
Milhões de pessoas estão inconscientemente a ficar doentes devido a essas actividades
criminosas clandestinas.
Ao combinar
a doutrinação intensa da comunicação mediática com as infusões químicas de uma
atmosfera já poluída, foi possível criar um opiáceo poderoso contra qualquer
tipo de resistência activa ou mesmo, qualquer rebelião aberta. Algo que, até
agora, deveria forçar o governo a cortar os laços com as ambições nefastas do
sistema de controlo dos Illuminati, desde as cúpulas até às bases.
Para completar a teia de envenenamento insidioso de
cidadãos inocentes, pela NATO, a plantação de GMO (Organismos Geneticamente
Modificados) está de volta, quando é suposto ser uma época de proibição total
de tais actividades.
A longa luta por zonas polacas livres de
culturas GMO, está agora ameaçada pela nova legislação do governo, permitindo a
incorporação de áreas especiais nas quais o cultivo de sementes genéticamente
modificadas poderá ocorrer. Essa reversão extraordinária vem do Pis, o partido
político que anteriormente seguiu a linha mais forte contra a importação e plantação
de sementes e plantas genéticamente modificadas. Proibindo-as de forma
definitiva em 2006, devido à evidência esmagadora da contaminação ambiental e
do risco para a saúde associada a essas plantas e às sementes geneticamente
modificadas.
Por fim, a última imposição, mas não a derradeira. A Igreja
é levada a reforçar os laços com a NATO. Há décadas, que o Vaticano não faz
nenhum segredo de suas inclinações pró-ocidentais e apoia a intervenção militar
sempre que seus interesses estão ameaçados..
A acompanhar estas actividades criminosas e francamente
genocidas, existe a imposição constante de mecanismos eletrónicos de controlo
de vigilância para monitorar a actividade profissional e social do populus como
um todo, o que representa uma clara
privação dos direitos civis básicos e das liberdades normalmente garantidas aos
cidadãos em países em que prevalecem sistemas políticos conhecidos como
democracias.
Cada vez mais, qualquer pessoa que esteja a exercer o
instinto natural de observação e consciência crítica, é registada como "um
potencial perigo para o Estado". E com a enorme capacidade disponível de
armazenamento dos computadores, hoje em dia, dezenas de milhares de nomes são
catalogados em registos da Polícia e do Estado e depois verificados para
encontrar qualquer actividade suspeita que possa ser usada para incriminar
esses indivíduos como uma “ameaça terrorista”.
Concluindo: visto que a classe política da Polónia confia
nas mãos da NATO e a promessa da intervenção para contrariar a quimera
completamente desqualificada da ameaça de uma invasão russa do território
polaco; assim, a nação como um todo, perde a capacidade de assumir o controlo
de seu próprio destino e de forjar um caminho que é do interesse comum dos seus
cidadãos.
Agora a Estratégia de Segurança Nacional dos EUA está a ser
imposta à Soberania Nacional Polaca, a pedido dos líderes do País. A Segurança
Nacional dos EUA opera e operou durante décadas, sob as ordens de uma retórica
de guerra abertamente antagónica, que cito aqui: “Defenderemos os nossos
interesses a partir de uma posição de força e conduziremos operações de combate
em todo o mundo. Se for necessário, actuaremos fora do Direito Internacional em
defesa dos nossos valores.” E agora sabemos quais são esses valores.
Até que os polacos e, de facto, todos os cidadãos de
pensamento livre do mundo, questionem profundamente a moralidade de apoiar o
não enaltecedoR carácter moral da ganância e da guerra, não pode
haver a glorificação dos heróis do passado que deram as suas vidas para
podermos viver em liberdade.
Julian Rose é Presidente da Coligação Internacional para
Proteger o Território Rural polaco.
Tradutora:
Maria Luísa de Vasconcellos
Email:
luisavasconcellos2012@gmail.com
[1]
Full-spectrum dominance also known as full-spectrum superiority, is a military entity's achievement of control over all dimensions of the battlespace, effectively possessing an overwhelming diversity of resources in such areas as terrestrial, aerial, maritime, subterranean, extraterrestrial, psychological, and bio- or cyber-technological warfare.
Full spectrum dominance includes the physical battlespace; air, surface and sub-surface as well as the electromagnetic spectrum and information space. Control implies that freedom of opposition force assets to exploit the battlespace is wholly constrained.
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